Mas afinal o que é a celulite?
Quando se fala em celulite, o normal é pensarmos em zonas do corpo humano que tem mais tendência para acumular gordura, especialmente nas nádegas, pernas e região abdominal.No entanto, esta designação não é a politicamente correcta apesar de ser a utilizada por toda a gente, inclusive médicos.
Se tivermos em conta os vocábulos de medicina, os termos terminados em –ite, como otite ou apendicite; sugerem uma inflamação na área em questão. Assim, e tendo em conta que a celulite não tem em si nenhum processo inflamatório, a palavra celulite tem um significado diferente daquela a que se associa todos os dias.
Não obstante este facto, a celulite é na prática é aquele aspecto indesejável de pele casca de laranja, que tanto incomodo causa a uma mulher.
Deste modo, a celulite resulta de um conjunto de alterações anatómicas e funcionais e que se desenvolvem a partir do tecido dermo-hipodérmico.
A celulite ocorre em sítios específicos do corpo, onde já numa fase avançada se pode observar alterações na pele.
A pele:
Para melhor compreender a formação da celulite, temos de levar em consideração as diferentes camadas que formam a nossa pele.celulite3.JPGA pele é caracterizada por 3 camadas de tecidos sobrepostos: a epiderme, a derme e a hipoderme.A primeira é a mais superficial e tem uma função de revestimento e protecção, ao passo que as outras desempenham uma função de suporte e nutrição.
A epiderme é constituída por 5 tipos de células diferentes, que se deslocam desde o interior até à superfície, sendo depois eliminadas com a esfoliação. Esta camada não possui circulação própria, pelo que os nutrientes são adquiridos através da derme.
A derme é a camada intermédia, e é constituída por um conjunto fibrocelular. É nesta camada que temos as glândulas sebáceas e sudoríferas.
A hipoderme é a camada mais profunda da pele e tem uma função de protecção e reserva de energia. É esta camada que está envolvida com o surgimento da celulite.
Na hipoderme ocorrem inúmeros sistemas de reacção que permitem o equilíbrio da pele, mas quando há outras alterações anatómicas, esta deixa de funcionar com a normalidade desejada, influenciando depois as outras camadas subjacentes